Alma Aberta.

Digamos que a cada dia eu sinto mais medo, muito mais dor, e me sinto super incompreendida. Eu sinto que todo dia, eu sou a piada que move os risos de todos a minha volta, e não me importo. isso não incomoda mais; mas o real problema aqui sou eu.
bem, são as minhas palavras, elas me cortam e me ferem mais a cada dia.
e eu tenho muito medo do que pode sair entre um a e um z.
Talvez porque e tenha medo de mim mesma.
ou de falar o que eu teimo em tentar esquecer.
Talvez porque aquela frase clichê de sempre entre na questão aqui sendo discutida comigo mesma.
"a verdade dói"
e realmente no meu caso, mata.
a cada hora, a cada segundo a cada palavra um tantinho em mim é cortado, eu me acostumei com a verdade, mas a realidade teima em me machucar mais e mais.
E eu sempre tive um grande problema com as palavras, ou elas acabavam saindo em uma quantidade absurda ou trancavam. E isso que me levou a escrever, mas me levou ao fundo do poço, quando eu escrevo, eu escrevo com todo meu ser, eu boto meu sentimentos em uma folha, e folhas brancas me dão medo, mas quando preenchidas que me machucam.
eu acabo lendo e relendo minhas dores e desilusões, meu amores, e minhas descrenças.
eu sinto que por mais que parem pra me ouvir, não entendem a minha dor, eu acho que nem eu entendo, porque quando eu escrevo, eu estou em paz, mas uma paz ardente.
eu tentei até por menos intensidade nas minhas palavras e escrevi coisa idiotas e meio ridículas, eu não escrevi, apenas botei letras em sequência, mas isso não ajudou só aumentou minha raiva de mim mesma.
que seja assim então, eu nunca fui decidida, nem forte, e não pretendo continuar com isso.
não devo desculpas, e não vou mais explicar, só sinto que toda essa minha dor, essa incompatibilidade com as palavras acabam hoje.
[e dor, que eu sinto não são apenas das palavras]
Aqui, agora.
e não é nada que eu possa explicar com minha dores, [palavras]
só eu sei o quanto chorei pra escrever isso.
e não espero que ninguém entendenda.
Pois era apenas eu que sentia o que vocês liam.